domingo, 28 de novembro de 2021

O INVEJOSO CONDENA ATÉ AS NOSSAS BOAS OBRAS

Jefferson Magno Costa

     No julgamento de Deus, as nossas boas obras nos defendem; no julgamento dos homens, os maiores fatores que pesam contra nós são as nossas boas obras.
     Se procurarmos na Bíblia alguns exemplos do julgamento dos homens, comprovaremos essa verdade.
     








 


O primeiro ser humano condenado no julgamento dos homens foi Abel. E por que ele foi condenado? 
     Por que o seu sacrifício agradou mais a Deus do que o de Caim. Que crime terrível, não?
     Se Abel tivesse sido um sacrificador relaxado e medíodre como o seu irmão Caim, teria durado muito mais tempo sobre a face da terra. Mas ele não era igual a seu irmão. Não há maior crime no mundo do que ser melhor.

     










Por diversas vezes Saul desejou a morte de Davi, e o próprio rei tentou tirar a vida do grande salmista de Israel, intencionando encravá-lo na parede com uma lança:
     “E aconteceu ao outro dia que o mau espírito da parte de Deus se apoderou de Saul, e profetizava no meio da casa: e Davi tangia a harpa com a sua mão, como de dia em dia: Saul, porém, tinha na mão uma lança. E Saul atirou com a lança, dizendo: Encravarei a Davi na parede. Porém Davi se desviou dele duas vezes” (1Sm 18.10,11).
     E que crime Davi havia cometido para despertar deste modo a ira do rei Saul? O crime de ter o seu nome usado na letra de uma música que as mulheres cantavam pelas ruas de Jerusalém, na qual Davi era declarado maior guerreiro que Saul:
     “E as mulheres tangendo, se respondiam umas às outras, e diziam: Saul feriu os seus milhares, porém Davi aos seus dez milhares. Então Saul se indignou muito, e aquela palavra pareceu mal aos seus olhos, e disse: Dez milhares deram a Davi, e a mim somente milhares: na verdade, que lhe falta, senão só o reino?” (1Sm 18.7,8).

     










 

Davi passara a ser alvo desse elogio das mulheres após ter derrubado o gigante Golias, e depois que o próprio Saul o colocara como líder dos seus soldados e o enviara em missão de guerra contra os filisteus (1Sm 17.48-50; 18.5).
     O gigante foi derrubado pela pedra da funda de Davi; e Davi foi derrubado pelo elogio do cântico das mulheres.
     Eis aqui porque Davi preferiu cair nas mãos de Deus e ser julgado por Ele, e não cair nas mãos dos homens e receber deles a sentença (1Cr 21.13).

     





 



Podemos nos ajoelhar diante de Deus cheios de pecados e sair de Sua presença perdoados e absolvidos.
       Porém, mesmo que ao julgamento dos homens compareçamos confiadamente levando todos os nossos méritos e virtudes, sairemos dele repreendidos e condenados.

     





 


No julgamento de Deus pecados são perdoados como fraquezas; no julgamento dos homens, o heroísmo, a coragem, qualquer talento ou qualquer virtude são condenados como crimes ou pecados.
     Tal é o resultado do julgamento efetuado em um tribunal cujo juiz é a inveja, e em cujo banco dos réus estão assentados nossos talentos, nossas virtudes e nossas boas obras. Senhor, livrai-nos de semelhante tribunal.

Jefferson Magno Costa 

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