terça-feira, 31 de maio de 2011

PAULO MACALÃO, A CHAMADA QUE DEUS CONFIRMOU (CAPÍTULO 6)

CAPÍTULO 6 

Ó DEUS, CONCEDE-NOS UM TEMPLO!

     Bangu foi escolhido como o principal centro das atividades evangelísticas empreendidas pelo jovem pastor Paulo Leivas Macalão. Para atender e congregar o grande número de almas que se convertiam a Cristo, iniciou-se a construção do primeiro templo das Assembleias de Deus em Bangu, um dos bairros do então Distrito Federal, Rio de Janeiro. A rua chamava-se Ribeiro de Andrade, número 65.
    Inaugurada em 1º de janeiro de 1933, naquela igreja novos obreiros foram instruídos a levar a semente a muitas outras localidades necessitadas da Palavra de Deus. Os resultados dessas investidas contra o reino do abismo não se fizeram esperar.
     Várias congregações foram surgindo, à medida que o Evangelho ia sendo pregado.
       Já em 1929, o irmão Paulo Macalão começara a evangelizar Madureira. Na época, o trabalho ocupava um salão na residência do irmão Balbino, na Rua João Machado, nº 76. A Igreja de Madureira começou a formar-se ali. Em 1930, já contando com um bom número de crentes, mudaram-se para a Rua Borborema, número 77. Mais tarde, tranferiram-se para um salão na estrada Marechal Rangel (atual Edgar Romero) e, posteriormente, fixaram-se na Rua João Vicente nº 7.
      Ocupado com várias frentes de trabalho, o pastor Paulo Macalão desdobrava-se em múltiplas atividades, para o engrandecimento do Reino de Deus.
     Certo dia, ao regressar para casa, o jovem pregador encontrou o seu pai extremamente mal. O pastor Paulo sentiu que o velho general estava prestes a passar para a eternidade, tal era a gravidade do seu estado.
     Portanto, não havia tempo a perder. Paulo Macalão mais uma vez falou ao seu pai do amor de Jesus, e em seguida perguntou se ele queria aceitar a Cristo como Salvador. O velho respondeu “sim”, com a cabeça. Depois, com muita dificuldade, falou: “Meu filho, Deus escreve certo por linhas tortas”.
     No dia 6 de setembro de 1933, o general adormeceu, para só despertar ao som dos clarins celestiais.
     Em Janeiro de 1934, o Senhor concedeu ao seu servo Paulo uma companheira, a irmã Zélia de Souza Brito, aquela que iria acompanhar o homem de Deus até que ele fosse chamado para o descanso eterno. Casou-os o missionário Samuel Nyström, na Assembleia de Deus em Bangu, e foram morar em dois cômodos pequenos, construídos anexos ao templo.
     Não tinham cozinha, o que os obrigou a comer de marmita, durante quase 6 anos. A pequena casa havia sido mobiliada com os móveis herdados do general, falecido 5 meses antes do casamento.
     Dentre esses móveis antigos, destacava-se uma mesa quadrada, de madeira escura. Sentado diante daquela velha mesa, o general, muitas vezes, com veemência, combatera a existência de Deus. Mas foi sobre ela que o irmão Paulo iniciou a tradução de vários hinos ingleses, franceses e espanhóis, e escreveu muitos outros de sua autoria, no intuito de organizar a nossa Harpa Cristã.
     Ajudando-o na tradução, a irmã Zélia cantava para acertar a letra.
     Nas gavetas do antigo bufê, o casal ia ajuntando, com muita dificuldade, parte do dinheiro que seria empregado na construção do grande templo em Madureira.
     Como realizador de um trabalho pioneiro, a presença do pastor Paulo era solicitada em diversos lugares ao mesmo tempo. Muitas vezes ele só podia regressar ao lar de madrugada, após o longo trabalho realizado durante todo o dia.
    Várias congregações foram abertas por ele sem a presença da irmã Zélia, porque o dinheiro do qual o pastor Paulo dispunha não dava para pagar a passagem de ônibus da esposa.
     O trabalho se estendeu pela cidade de São Paulo, sendo iniciado em 13 de Julho de 1937, na Rua da Glória nº 605. Avançou ainda pelo interior e pelos Estados de Mato Grosso, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Brasília.
      No dia 20 de outubro de 1943, Deus agraciou o jovem casal com um filho, Paulo Brito Macalão.
     No dia 14 de março de 1948, uma multidão de salvos, precedida de bandas de música, partia do templo situado na Rua João Vicente nº7, em direção à Rua Carolina Machado.
     Sob uma chuva fina, a multidão caminhou cantando hinos, impulsionada por um grande entusiasmo, pois a alegria de servir a Cristo era mais forte do a chuva. Além do mais, o Espírito Santo estava fazendo cair, continuamente sobre eles, uma chuva de graça.
     Chegando à altura do número 174 da Rua Carolina Machado, a multidão reuniu-se diante de um grande terreno existente ali. Às 15 horas daquele dia, lançou-se a pedra fundamental do templo da Assembleia de Deus em Madureira.
     É plano de Deus fazer de cada coração um templo, onde o seu Espírito Santo possa habitar. O Senhor habitará no meio da santidade.
     Onde houver invocação e adoração do seu nome, ali estará Ele. Seus ouvidos estão voltados para os que suplicam. Ele visitará os que estiverem reunidos no templo, também biblicamente chamado casa de oração.
    Durante muito tempo aquela obra iria ocupar as mentes e os corações de milhares de irmãos da Assembleia de Deus.
     Continuamente, entre súplicas e lágrimas, mihares de servos de Deus pediram ao Senhor um templo onde pudessem se reunir para buscá-lo e louvá-lo com grande voz e corações unidos.
     Todos eram pobres de recursos, mas a fé que os impulsionava era suficiente para remover qualquer montanha.
     Iniciaram-se várias campanhas com o fim de se obterem recursos para a construção do templo. Muitos irmãos ofertavam as suas economias, outros ofereciam objetos que eram imediatamente vendidos, e com o dinheiro compravam-se cal, cimento, madeira, pedras, areia, ferro e tinta, e o templo ia surgindo.
     A fé superava todos os obstáculos. As colunas erguiam-se diante dos olhos dos que por ali passavam, como símbolos do amor que unia um povo santo e temente a Deus, e como testemunho do que pode fazer o Evangelho transformador de vidas e de corações.
     No decorrer da construção, notou-se que não havia água no terreno. Imediatamente os irmãos começaram a cavar um poço, mas não encontraram água. Cavaram em outro lugar, mas também nada encontraram.
     E assim cavaram aqui e ali, sem nada conseguirem. Foi quando se lembraram de orar. E o mesmo Deus que fez com que os poços abertos pelos Patriarcas fartassem de água a pastores e rebanhos, ouviu as orações daqueles humildes construtores.
      Uma fonte jorrou impetuosamente no porão da igreja, trazendo água em abundância para suprir as necessidades de toda a obra. Até hoje aquela fonte existe ali, e tal é o seu volume de água, que um motor foi instalado para dar vasão àquele líquido maravilhosamente brotado das entranhas da terra em resposta às orações dos servos do Senhor.
     Quem tivesse olhos espirituais para contemplar o espaço celeste que separava aqueles irmãos das santas moradas de Deus, certamente veria o grande número de anjos que subiam e desciam, ocupados em levar ao trono da Graça, as orações daquela multidão que perseverantemente suplicava a Deus por aquela obra. Finalmente, no dia 1º de maio de 1953, o templo foi inaugurado. (Continua)
Jefferson Magno Costa

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